Como são insignificantes os livros dos filósofos, como toda sua pompa, quando comparados aos evangelhos! Será que escritos, ao mesmo tempo tão sublimes e tão simples, podem ser obras de homens? Será que Cristo, cuja vida eles contam, poderia ser nada além de um mero homem? [...] Onde está o homem, onde está o sábio que sabe como agir, sofrer e morrer sem fraqueza e sem fazer disso uma exibição? Meu amigo, homens não inventam coisas assim; e os fatos que atestam Sócrates, sem dúvida, não são tão bem atestados quanto os fatos sobre Jesus Cristo. Esses judeus nunca poderiam ter chegado a tal tom em seu pensamento sobre a moralidade, e os evangelhos têm características de veracidade tão grandiosas, tão notáveis, tão perfeitamente inimitáveis, que seus inventores seriam ainda mais maravilhosos do que aquele que descrevem. Sim, a morte de Sócrates é a de um sábio, a vida e a morte de Jesus são a de um Deus.
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
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