A alegria e contagiante; exatamente como o é a tristeza. Eu tenho um amigo que irradia alegria, não porque sua vida seja fácil, mas porque habitualmente ele reconhece a presença de Deus no meio de todos os sofrimentos humanos, o seu e dos outros. Onde quer que vá, seja quem for que encontre, ele é sempre capaz de ver e ouvir algo de belo, algo de que dar graças. Ele não nega a grande tristeza que o envolve, nem é cego ou surdo aos sinais e sons de agonia dos seus companheiros de existência, mas o seu espírito gravita em direção à luz no meio da escuridão e das preces, em meios dos gritos de desespero. O seu olhar é gentil, a sua voz é calma. Não se trata de sentimentalismo. È uma pessoa realista, mas a sua fé profunda permiti-lhe descobrir que a esperança é mais real que o desespero, a fé mais real que a descrença e o amor mais real que o medo. É este realismo espiritual que faz dele um homem tão alegre.
Sempre que me encontro com ele, não resisto à tentação de lhe chamar a atenção para as guerras entre as nações, para a fome de milhares de crianças, para a corrupção na política e a falsidade entre as pessoas procurando impressiona-lo com os últimos fracassos do gênero humano. Mas, sempre que experimento fazer uma coisa destas, ele olha para mim com o seu olhar gentil e cheio de compaixão e diz: “Eu vi duas crianças partilharem o seu pão uma com a outra e ouvi uma mulher dizer ‘obrigada’ e sorrir quando alguém lhe ofereceu um cobertor. Essas pessoas simples e pobres deram-me nova coragem para continuar a viver”.
A alegria do meu amigo e contagiante. Quanto mais estou com ele tanto mais consigo captar raios de Sol a brilhar por entre as nuvens. Sim, eu sei que o Sol existe, mesmo quando os céus estão cobertos com nuvens. Enquanto meu amigo fala sempre do Sol, eu continuava a falar das nuvens; até que um dia cheguei a conclusão que era por causa do Sol que conseguia ver as nuvens.
Os que continuam a falar do Sol enquanto caminham sob o céu cheio de nuvens são mensageiros de esperança, os verdadeiros santos dos dias de hoje.
Henri Nouwen
Trecho do Livro "Mosaicos do Presente" da Editora Paulinas
Sempre que me encontro com ele, não resisto à tentação de lhe chamar a atenção para as guerras entre as nações, para a fome de milhares de crianças, para a corrupção na política e a falsidade entre as pessoas procurando impressiona-lo com os últimos fracassos do gênero humano. Mas, sempre que experimento fazer uma coisa destas, ele olha para mim com o seu olhar gentil e cheio de compaixão e diz: “Eu vi duas crianças partilharem o seu pão uma com a outra e ouvi uma mulher dizer ‘obrigada’ e sorrir quando alguém lhe ofereceu um cobertor. Essas pessoas simples e pobres deram-me nova coragem para continuar a viver”.
A alegria do meu amigo e contagiante. Quanto mais estou com ele tanto mais consigo captar raios de Sol a brilhar por entre as nuvens. Sim, eu sei que o Sol existe, mesmo quando os céus estão cobertos com nuvens. Enquanto meu amigo fala sempre do Sol, eu continuava a falar das nuvens; até que um dia cheguei a conclusão que era por causa do Sol que conseguia ver as nuvens.
Os que continuam a falar do Sol enquanto caminham sob o céu cheio de nuvens são mensageiros de esperança, os verdadeiros santos dos dias de hoje.
Henri Nouwen
Trecho do Livro "Mosaicos do Presente" da Editora Paulinas
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