segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu? Metáfora absurda

Eu? Pés que falam, ouvidos querendo ver, gosto com jeito de aconchego, toque melodioso, ruga expressiva, vontade solitária, desejo alado, alma ambiciosa e coração torcido.

Eu? Teimoso que, mesmo trôpego, insiste na trilha estreita. Poeta inebriado de sonhos que mal se dá conta do sal que corrói a face - A estrada é íngreme!

Eu? Filho da noite comprida, das horas que se arrastam, dos dias velozes. Aventureiro irrequieto em busca do pergaminho prateado com a Palavra Encantada. Um enigma: “Menino na estepe, felicidade no vale, vida no além”.


Ricardo Gondim

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