O vento passou e deixou arrepio
Mas não digo que, Ele é passado,
Pois, da pele, me lembra cada fio
Que sua presença ainda se faz sentir.
Sou como pipa, guiado pelo vento
Com outras, fico colorindo o céu
Se não voar, a pipa deve virar réu,
Já que o papel da pipa é voar
E esse Sopro, esse Vento cálido,
Enche a terra com hálito de vida
Tolo, sem graça, é quem duvida
Morto, pois só respira o nada
Às vezes, quero amarrar o Vento,
Pois me angustia o parar de ventar
Todo tipo de cerimônia eu tento
Inútil, Ele "sopra onde quer"
Doce vento, bondoso e livre
Tenha piedade dessa pobre pipa
Guia-me, fazer-me voar Contigo
E da queda eterna me livre.
Flávio Américo
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