A epistola de Tiago
Não foi Paulo que escreveu
Mas se sabe de certeza
Que as palavras Deus lhe deu
Foi Tiago que falou
Pra ser feliz na aflição
Se a fé não recuou
É a perseverança meu irmão
Tem coisa que eu quero
Mas Deus num vai me dá
Por que além de não orar sincero
A minha intenção é má
A lingua é bicho ruim
Ela tu tem que controlar
Se não fizer assim
Besta, tu está a te enganar
Discriminação entre os irmãos
Isso não deve acontecer
Do barraco ou da mansão
Igualdade que Jesus que vê
O lance da unidade
O inimigo quer combater
Mas se sujeitar a Deus de verdade
Põe o diabo para correr
Se a luta é grande
Irmão, não vá desanimar
A promessa foi feita
Jesus logo vai voltar
Ajude o irmãozinho
Se da verdade desviou
Não deixe ele sozinho
Ame-o como Jesus amou
Andar com fé eu vou
Do jeitim que Jesus fez
Se você não empolgou
Leia Tiago outra vez
Obra é coisa boa
Com a fé deve andar
Se Jesus salva a pessoa
Ela tem que frutificar
Oxente Tiago
Agora eu consigo vê
Evangelho de verdade
É fé que pensa, razão que crê
Valdson Costa Almeida
domingo, 30 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
O futuro é uma criança
Mais um Natal se
aproxima, a tradicional recordação do nascimento do menino Jesus,
Deus encarnado em um ser infante. História de milagre, de humildade,
de pobreza e de esperança. Talvez estejamos muito longe de
considerar todos estes aspectos simbólicos trazidos com a celebração
do Natal. Em grande parte, provavelmente, devido à secularização e
mercantilização não apenas desta data, como também de outros
feriados religiosos, como a Páscoa.
Mas para mim o Natal
sempre traz a lembrança do Advento: tempo de reflexão,
arrependimento e nutrição da esperança. Resgata à mente a
importância de meus queridos, amigos e, especialmente, familiares,
com os quais já não compartilho minha rotina, mas com os quais
tenho podido compartilhar deste momento especial.
Mas mais do que isto, o
Natal traz também à mente o pensamento de um desejo, um futuro
novo.
E o futuro é uma
criança.
É engraçado como uma
ideia como esta pode soar estranha, mesmo que hoje vivamos em uma
civilização cujos símbolos e referências culturais e valorativas
se pautem por esta matriz milenar que é o cristianismo. Nos
acostumamos a pensar Deus como Pai, Senhor, Ser supremo. Obviamente
não se nega isto (entre os cristãos, é claro). Mas ressalto que
mesmo no dias mais comuns, pouco lembramos deste aspecto infantil da
vida de Cristo (e do próprio Deus). Fala-se sempre, com bons juízos
ou preceitos equivocados, do aspecto grandioso e universal,
gigantesco e atemorizador, dominante e indestrutível que seria
constituinte da figura de Yahweh. Mas pouco se diz da figura frágil
representada pela criança chorosa, carente e dependente, deitada
naquela manjedoura – a não ser, é claro, no período do Advento.
O aspecto humano pelo qual Jesus foi apresentado ao mundo não podia
ser mais confuso. Poderia dizer também: não podia ser mais genial.
A história daquela
criança me conduz a um olhar sobre as nossas crianças. Jesus, já
em sua fase adulta, demonstrava um carinho especial para com os
pequeninos. Exortava seus pares de que aqueles que recebessem uma
destas crianças, estariam O recebendo. E dizia: “Cuidado para não
desprezarem nem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os
anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste”
(Mt. 18: 5, 10). Se estamos falando do nascimento de uma criança, o
Natal nos permite falar dela, mas também de outras crianças como
ela, e do futuro delas. E o tempo que vem, será que tempo para
nossas crianças?
Há
pouco tempo assisti ao vídeo, até então desconhecido para mim, de
Happy Xmas, composta por John Lennon e Yoko Ono. A música tem
um subtítulo: War is over. O vídeo em questão é recheado
de duras e tenebrosas imagens, que atestam uma realidade à qual não
damos a devida importância: crianças sem futuro. Crianças em zonas
de guerra, passando fome, abandonadas, machucadas, doentes, sem
sequer saberem o que pode significar a palavra esperança.
Nossa
lembrança deve se voltar a elas. Mais do que celebrar o nascimento
de nosso Salvador, creio que o desejo presente no coração de Deus
se coloca a nós com este propósito: não despreze nenhum destes
pequeninos. A frágil criança naquela manjedoura deve nos trazer a
lembrança daquelas meninas e meninos que padecem onde se ausenta o
amor, a igualdade e a justiça. Mais do que recordar aquilo que a
Palavra nos diz sobre o nascimento do menino Deus, eu desejo
profundamente que você possa encontrar Deus no olhar destas
crianças. E que você possa compreender o sofrimento presente no
coração de Deus a partir da observação da angústia destas
crianças. E, principalmente, que você possa ansiar o futuro. Sonhar
com o novo, com as mesmas cores desafiadoras que constituem o sonho
das crianças. Para que elas não deixem de ser o futuro.
Feliz Natal.
Feliz Natal.
-----------------
Sydnei Melo
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O que é pleno não tem falta; o que é eterno é infindável.
Outro dia eu estava lendo esse texto sobre o gozo em Cristo, recebido através da luz (Espírito Santo) e da Verdade (Palavra de Deus) e este me chamou muito a atenção para o fato da centralidade da nossa existência:
“Envia a tua luz e a tua verdade; elas me guiarão e me levarão ao teu santo monte, ao lugar onde habitas. Então irei ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria.” Sl 43:3-4
E, o mais interessante é que, como escreve John Piper, algo que é pleno não tem falta. Além dessa alegria ser plena, ela não tem fim.
“A sabedoria de Deus em planejar as coisas desta maneira (ocultar a sabedoria Dele aos sábios e entendidos) não somente lhe traz alegria, mas também leva à maior alegria de seu povo. A maior alegria deles é a alegria em Deus. Salmos 16:11 ensina isso com clareza: ‘Tu [Deus] me farás ver os caminhos da vida; na Tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente’. Plenitude de alegria e gozo eterno não podem ser aprimorados. Nada é mais complexo do que a plenitude e mais longo do que aquilo que é eterno. E essa alegria é resultado da presença de Deus e não das realizações do homem.
Portanto, a fim de amar-nos de maneira infinita e dar-nos deleite eterno e pleno, Deus, por meio da cruz de Cristo, nos garante a única coisa que nos satisfará total e eternamente, ou seja, a vindicação e a experiência do valor infinito de Sua glória. Somente Ele é fonte de todo prazer pleno e duradouro.” (John Piper no livro Pense págs 217 e 218).
Que realmente possamos buscá-Lo com a plena convicção de que Deus é nosso maior prazer e completude.
Assinar:
Postagens (Atom)