Certo fazendeiro tinha dois filhos. Um dia o filho mais novo pediu ao pai a sua parte da herança, e dias depois recebeu dele o equivalente a metade do seu patrimônio. De posse do dinheiro, o rapaz partiu para uma terra distante, onde investiu todo o seu capital, aplicando-o criteriosamente em investimentos de baixo risco e elevado retorno. Em pouco tempo havia duplicado o seu patrimônio e vivia confortavelmente.
O filho mais velho, que trabalhava no campo, ficou sabendo da prosperidade do irmão e também exigiu do pai a sua parte da herança; em seguida partiu para outra terra distante, onde também enriqueceu.
Houve então uma grande fome naquela terra. Tendo dissipado tudo, o fazendeiro começou a passar necessidade. Sendo de idade avançada e sem forças para trabalhar, pediu aos vizinhos que lhe deixassem encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, o homem disse:
– Quantos empregados dos meus filhos têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Vou ao encontro deles, e direi: “Meus filhos, estou sozinho e não tenho mais como me sustentar; tratem-me como um dos seus empregados”.
E saiu pelo caminho, decidido a encontrar em algum lugar um abraço. Em poucos dias estava morto, e não reviveu; estava perdido, e não foi achado.
Paulo Brabo
O filho mais velho, que trabalhava no campo, ficou sabendo da prosperidade do irmão e também exigiu do pai a sua parte da herança; em seguida partiu para outra terra distante, onde também enriqueceu.
Houve então uma grande fome naquela terra. Tendo dissipado tudo, o fazendeiro começou a passar necessidade. Sendo de idade avançada e sem forças para trabalhar, pediu aos vizinhos que lhe deixassem encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, o homem disse:
– Quantos empregados dos meus filhos têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Vou ao encontro deles, e direi: “Meus filhos, estou sozinho e não tenho mais como me sustentar; tratem-me como um dos seus empregados”.
E saiu pelo caminho, decidido a encontrar em algum lugar um abraço. Em poucos dias estava morto, e não reviveu; estava perdido, e não foi achado.
Paulo Brabo
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