"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." Gálatas 2, 20
A grande mudança do Evangelho não é "eu deixar de ser eu", mas "eu render-me à vontade do meu novo Senhor", isto é, não mais o meu eu, mas o Cristo que vive em mim (...) A conversão não implica a despersonalização. A conversão não apaga tudo que vivi e fez de mim o que sou. Mas depois de me render a Cristo, toda a minha vida passa por uma revisão, e muita coisa que eu fazia necessariamente deixo de fazer, e muita coisa que não fazia passo a fazer. Não por obrigação ou culpa, mas por nova orientação da minha vontade; mudou o meu objecto de devoção.
Creio também que as figuras "morte e ressurreição" ou "novo nascimento", que simbolizam o antes e depois da experiência mística-espiritual cristã, não significam que deixei de ser o que sempre fui, mas que passei a viver orientado para outra direcção. Não é que eu mudei; o que mudou foi a maneira como convivo com o que sempre fui, e provavelmente vou continuar sendo.
O extraordinário nisto tudo é que já não sou obrigado a ser o que sempre fui, não estou escravizado a realizar a sina da minha personalidade e cumprir o vaticínio das marcas que a vida deixou em mim. Sou livre. Livre para me reinventar, livre para vir a ser e, inclusive, livre para continuar sendo o que sempre fui, mas relacionando-me de maneira tão diferente comigo mesmo que as pessoas ao meu redor dirão que pareço outra pessoa. Conheci a verdade, e a verdade libertou-me.
Ed René Kivitz, em "Outra Espiritualidade"
A grande mudança do Evangelho não é "eu deixar de ser eu", mas "eu render-me à vontade do meu novo Senhor", isto é, não mais o meu eu, mas o Cristo que vive em mim (...) A conversão não implica a despersonalização. A conversão não apaga tudo que vivi e fez de mim o que sou. Mas depois de me render a Cristo, toda a minha vida passa por uma revisão, e muita coisa que eu fazia necessariamente deixo de fazer, e muita coisa que não fazia passo a fazer. Não por obrigação ou culpa, mas por nova orientação da minha vontade; mudou o meu objecto de devoção.
Creio também que as figuras "morte e ressurreição" ou "novo nascimento", que simbolizam o antes e depois da experiência mística-espiritual cristã, não significam que deixei de ser o que sempre fui, mas que passei a viver orientado para outra direcção. Não é que eu mudei; o que mudou foi a maneira como convivo com o que sempre fui, e provavelmente vou continuar sendo.
O extraordinário nisto tudo é que já não sou obrigado a ser o que sempre fui, não estou escravizado a realizar a sina da minha personalidade e cumprir o vaticínio das marcas que a vida deixou em mim. Sou livre. Livre para me reinventar, livre para vir a ser e, inclusive, livre para continuar sendo o que sempre fui, mas relacionando-me de maneira tão diferente comigo mesmo que as pessoas ao meu redor dirão que pareço outra pessoa. Conheci a verdade, e a verdade libertou-me.
Ed René Kivitz, em "Outra Espiritualidade"
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