“Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e isso cortou-lhe o coração” Gênesis 6. 6
Recordo-me das primeiras lições de catecismo quando ainda jovem. A professora ensinou-me que Deus estendeu o braço para destruir a terra e a virgem Maria juntamente com o seu filho Jesus seguraram a sua mão para que não fôssemos destruídos. Assim, minha visão de Deus me aterrorizava. Eu temia com um medo próximo da fobia. Acreditava
Quando li a Bíblia pela primeira vez, impressionei-me com os relatos de destruição e vingança. Devido àquelas primeiras impressões do catecismo, minha atenção se fixava no juízo divino. O dilúvio, por se encontrar logo no princípio da Bíblia, reforçava o meu preconceito de que Deus era implacável.
Um dia o texto de Gênesis 6.6 saltou aos meus olhos e duas expressões a respeito de Deus ali revolucionaram minha vida. “Arrependeu-se” e “cortou-lhe o coração” me revelaram o coração amoroso e paterno de Jeová que não se conformava com a maldade universalizada na criação. O pecado cortou o coração de Deus. Quando decidira soberanamente que nos criaria para nos amar, Deus se fragilizou, expô-se à possibilidade de ser rejeitado. A versão de alguns rabinos para o dilúvio é que depois de insistir por mais de um século, sem que fosse ouvido, para que homens e mulheres percebessem a loucura do pecado, Deus chorou por quarenta dias e quarenta noites e suas lágrimas encheram a terra.
O maior mal do pecado é ferir o coração daquele que nos quer bem. Quando nos rebelamos contra Deus, condenamo-nos à morte e, pior, machucamos profundamente o nosso Pai Eterno. Que seja esta nossa maior motivação para não desejarmos o que é impuro e indigno.
Ricardo Gondim
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