terça-feira, 8 de novembro de 2011

Olhando ao longe

Foto de Diego Formiga / Modelo Clara Figueiredo


Olhar distante. Um gato passando pelo canto da casa. O sol se pondo lentamente. A vida passando com a leveza do respirar tranquilo. Realização e completude. Tudo perfeito, mas muito diferente de algum tempo atrás.
Naquela mesma cadeira confortável, ela chorava. Não conseguia entender porquê, mais uma vez, teve que abrir mão da companhia próxima de seus amigos e ir para longe. O mundo estava cinza. Um vazio tomava conta de sua alma. Não havia revolta nem protesto. Apenas a pergunta: Por quê?
Hoje, olhando ao longe, ela entende. O mundo não é mais tão assustador quanto antes. Os amigos são outros. Ela é outra. Uma brisa fria entra pela janela e a toca levemente. Já é noite. Antes de fechar a janela, ela olha a lua – ela sempre esteve lá. Lembrou-se de quando era criança e olhava para o céu com aquela curiosidade imensa – a lua nunca mudou.
Um dia, a menina que hoje sonha, será grande. Sentará na mesma cadeira e, pela mesma janela, verá a mesma lua. Muita coisa terá mudado, mas a lua ainda estará lá lembrando-a de que certas coisas nunca mudam, e isso nos conforta.

Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. (Hebreus 13:8)

Wellington da Silva Gomes

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