Boa Leitura

Bem, nessa página pretendo indicar algumas leituras que considero únicas, pelo menos as foram para mim. Seguem:


Missão Transformadora, editora Sinodal
David Bosh
"A missão é o sim de Deus ao mundo; a participação na existência de Deus no mundo. Em nossa época, o sim de Deus ao mundo revela-se, em grande medida, no engajamento missionário da igreja no tocante às realidades de injustiça, opressão, pobreza, discriminação e violência." 

Discipulado, ediora Sinodal
Dietrich Bonhoeffer
"Ouvir e aceitar o chamado de Deus para o discipulado significa, simultaneamento, ser agraciaddo/a com a oferta de vida nova a ser desafiado/a a vivê-la em todas as profissões e circunstâncias.

Quando as Escrituras sagradas falam do discipulado de Jesus, proclamam a libertação do ser humano de todos os preceitos humanos, de tudo quanto oprime, sobrecarrega, provoca preocupações e tormentos à consciência.

No discipulado, o ser humano sai de sob o jugo de suas próprias leis e submete-se ao jugo suaves de Jesus Cristo. Seria isso menosprezo da seriedade dos mandamentos de Jesus? Não. antes, somente onde permanece de pé o mandamento integral de Jesus, o chamado ao discipulado sem restrições é que torna possível a plena libertação do ser humano para a comunhão com Jesus.

Quem segue indiviso ao mandamento de Jesus, quem se sujeita sem resistência ao jugo de Jesus, a este se lhe torna leve o fardo que tem de levar, recebendo, na suave pressão desse jugo, a força necessária para percorrer o caminho certo sem cansaço.

O mandamento de Jesus é duro, desumanamente duro para aquele que se lhe opõe. O mandamento de Jesus é suave e fácil para aquele que voluntariamente se lhe sujeita."

Introdução à Teologia Evangélica, editora Sinodal
Karl Barth
"Assim, a palavra de Deus não representa o aparecimento da idéia de tal aliança ou comunicação. Representa o lógos dessa história, e portanto o lógos, a palavra de Deus a Abraão, Isaque e Jacó, Deus idêntico ao Pai de Jesus Cristo. Tal palavra, palavra dessa história, a teologia evangélica terá de ouvi-lá como evento que se renova dia a dia, e assim terá de entendê-la e de interpretá-la."

A Volta do Filho Pródigo, editora Paulos
Henri Nouwen
"Na verdade a parabola do filho pródigo não é a história de um filho perdido, é a história de dois filhos perdidos. [...]

A história de Jesus começa com 'Havia um Pai que tinha dois filhos', o começo da história acontece por causa do pai, assim como seu fim, o centro da parabola do filho pródigo é o Pai. [...]"
 
Mosaicos do Presente, editora Paulos
Henri Nouwen
"A alegria do meu amigo e contagiante. Quanto mais estou com ele tanto mais consigo captar raios de Sol a brilhar por entre as nuvens. Sim, eu sei que o Sol existe, mesmo quando os céus estão cobertos com nuvens. Enquanto meu amigo fala sempre do Sol, eu continuava a falar das nuvens; até que um dia cheguei a conclusão que era por causa do Sol que conseguia ver as nuvens.

Os que continuam a falar do Sol enquanto caminham sob o céu cheio de nuvens são mensageiros de esperança, os verdadeiros santos dos dias de hoje."

Confissões, editora Paulos
Santo Agostinho
“Quem me fará descansar em ti? Quem farás que venhas ao meu coração e o inebries a ponto de eu esquecer os meus males, e me abraçar a ti, meu único bem? Que és para mim? Tem misericórdia, para que eu fale. Que sou eu aos teus olhos, para que me ordenes amar-te e, se eu não o fizer, te indignares, e me ameaçares com imensas desventuras? Como se o não te amar já não fosse desgraça pequena! Dize-me, por compaixão, Senhor meu Deus, o que és tu para mim? “Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.” Dize de forma que te escute. Os ouvidos do meu coração estão diante de ti, Senhor; abre-os e “dize a minha à minha alma: eu sou a tua salvação.” Correrei atrás dessas palavras e o segurarei. Não escondas de mim a tua face: que eu morra para contempla-lá e para não morrer. ”

Outra Espiritualidade, editora Mundo Cristão
Ed René Kivitz
"Chegou a minha vez de dizer que "Deus morreu, vocês mataram Deus". Sei dos riscos. Dizem que gato escaldado tem medo de água fria. Mas alguns gatos não se dão por vencidos. Aliás, dizem também que gatos têm sete vidas. Que seja. 

Tudo bem, posso atenuar um pouco, respeitando as pessoas que me querem bem e temem por mim. Temem que eu me comprometa em lutas quixotescas. Temem as retaliações que possa sofrer. E, na verdade, temem que eu perca o juízo e a fé. Nesse caso, dou um passo atrás e digo que um deus morreu em mim, e nasceu outro, que me seduziu com amor eterno. Por ele me apaixonei. [...]

Vivo sob o olhar amoroso, poderoso e justo de Deus, que interfere em minha vida à luz de sua economia eterna, a seu critério, e isto é mistério da graça, quer dizer, não depende dos méritos dos beneficiados. Descanso no fato de que, apesar de Deus não ser a causa primeira de tudo quanto me acontece, nada do que venha a me acontecer estará fora de seu conhecimento, controle e cuidado. É suficiente crer que toda vez que Deus opta por deixar a vida correr seu curso normal — e geralmente é isso o que faz — nada pode me separar do seu amor, que está em Cristo Jesus, meu Salvador. 

Em síntese, morreu o deus que fazia de mim uma criança mimada que chorava a cada desencontro da vida. Recebi de Deus o convite para crescer a fim de que ele possa me receber como seu cooperador, seu amigo, uma pessoa para quem não tem segredos e que encontra a felicidade não na vida confortável, mas na vida digna. Com a morte de um deus, morreu também uma espiritualidade. E nasceu outra, marcada pela graça, pela fé e pela resistência."

O Deus que se Revela, editora Cultura Cristã
Francis A. Schaeffer
O Deus que se revela (no original, He is there and he is not silent) forma com A morte da razão e O Deus que intervém a trilogia clássica de Schaeffer. É o último da trilogia. Segundo o autor, "Este livro trata de ... como podemos vir a saber e como podemos saber que sabemos". Assim, Schaeffer pondera que o pensamento moderno está fundalmentamente errado em suas posições quanto a como sabemos e o que sabemos. Contrastando com o silêncio e desespero do homem moderno, Schaeffer mostra que podemos de fato conhecer o Deus que intervém porque se revela. - Sinopse

O Deus que Intervém, editora Cultura Cristã
Francis A. Schaeffer
O Deus que intervém (no original, The God Who is there) forma com A morte da razão e O Deus que se revela a trilogia clássica de Schaeffer. Primeiro na trilogia, este livro mostra como o pensamento moderno abandonou a idéia de verdade, com trágicas conseqüências para todas as áreas da cultura “desde a filosofia, até a arte, música, teologia e na sociedade como um todo. A única esperança está em confrontar nossa cultura com a verdade histórica do Cristianismo” apresentada com paixão e sem concessões, e vivida de modo completo, em todas as áreas da vida individual e comunitária. - Sinopse

Ortodoxia, editora Mundo Cristão
G. K. Chesterton
"Este livro foi escrito para ser lido como complemento a Heretics [Hereges] e mostrar o lado positivo além do negativo. Muitos críticos se queixaram daquele livro dizendo que ele simplesmente criticava as filosofias correntes sem oferecer nenhuma filosofia alternativa. Este livro é uma tentativa de responder a esse desafio. Ele é inevitavelmente afirmativo e, por isso mesmo, inevitavelmente autobiográfico. O autor foi levado a recuar e enfrentar mais ou menos a mesma dificuldade que afligiu Newman ao escrever a sua Apologia; foi forçado a ser egoísta só para ser sincero. Embora todos os outros aspectos possam diferir, o motivo nos dois casos é o mesmo. O autor tem o propósito de tentar explicar não se a fé cristã pode ser abraçada, mas como ele pessoalmente passou a abraçá-la.

Este livro, portanto, está organizado com base no princípio positivo de um enigma e sua solução. Trata primeiro de todas as solitárias e sinceras especulações pessoais do autor e depois do dramático estilo em que elas são de súbito respondidas a contento pela teologia cristã. O autor vê isso como algo que leva a um credo convincente. Mas se não chegar a tanto, trata-se no mínimo de uma repetida e surpreendente coincidência. "

A Celebração da Disciplina, editora Vida
Richard Foster
"Quando perdemos a esperança de obter a transformação interior mediante as forças humanas da vontade e da determinação, abrimo-nos para uma maravilhosa e nova realização: a justiça interior é um dom de Deus que deve ser graciosamente recebido. A imperiosa necessidade de mudança dentro de nós é obra de Deus e não nossa. É preciso que haja um trabalho real interno, e só Deus pode operar a partir do interior. Não podemos alcançar ou merecer esta justiça do reino de Deus; ela é uma graça concedida ao homem. [...]

Deus nos deu as Disciplinas da vida espiritual como meios de receber sua graça.

As Disciplinas permitem-nos colocar-nos diante de Deus de sorte que ele possa transformar-nos. " 
 
O Deus que conheço,  editora Verus
Rubem Alves
No livro 'O Deus que conheço', Rubem Alves pretende revelar sua teologia e seu olhar sobre o sagrado, visando expor a crença que carrega consigo e pintando um retrato do divino na vida cotidiana. - Sinopse

Chega de Regras, editora Mundo Cristão
Larry Crabb
"Os que vivem no novo caminho crêem na lei da liberdade. Eles se aproximam com estão. Não se banham antes de se achegar a Deus. Vão a Deus para se banhar dele. Não se sentem pressionados para mudar apenas a vida interior ou a exterior, mas desejam mudança em ambas as esferas. Estão interessados em criar a oportunidade para a mudança, mesmo que isso signifique mergulhar sete vezes num rio lamacento ou marchar ao redor do muro de um inimigo durante sete dias e soprar trombetas. Eles vivem para o desejo mais sincero de seus corações: conhecer a Deus e satisfazer-se nele. Não vivem para uma vida melhor neste mundo. Quando a vida aqui é difícil, quando as coisas desmoronam, revelam mais claramente quem são. São cidadãos de outro mundo, que desejam mais o que está do outro lado que este mundo não pode oferecer. Então, sabiamente se entregam ao seu mais profundo desejo e confiam em Deus para revelar-se a eles. Essa é a lei da liberdade."

Carta aos Romanos, editora Novo Século
Karl Bath
Um clássico da teologia do século 20, este comentário de Barth da Carta aos Romanos é leitura indispensável para quem quer entender os rumos da teologia contemporânea. Muito Mais que um comentário da epístola paulina, de enorme importância para estudiosos do Novo Testamento, trata-se de um tratado teológico que ficou conhecido como responsável pelo golpe fatal contra o liberalismo neokantiano do Século19. Karl Barth tem sido avaliado por muito como o maior teólogo do século 20.

Considerando-se um pensador cristão reformado e ortodoxo (daí o epíteto neo-ortodoxo que Barth não apreciava), Barth combateu as diferentes formas de liberalismo teológico, de Schleiermacher a Bultmann. Mesmo assim é considerado por muitos críticos conservadores como criptoliberal e um pensador heterodoxo.

O exame das fontes primárias por cada estudioso parece ser o melhor caminho para entender melhor este controvertido autor. E nada melhor que começar pelo primeiro livro de destaque de Barth: Carta aos Romanos. Esta edição do texto completo da obra traduzido diretamente do original alemão com comentários pelo tradutor Lindolfo K.Anders, um dos maiores estudiosos do pensamento de Karl Barth no Brasil.

O Deus Escandaloso, editora Sinodal
Vitor Westhelle
A cruz é a crise do cristianismo. Ela é o mais radical questionamento da fé cristã, da igreja de Jesus Cristo e das pessoas que nele crêem. Passar ao largo dessa cruz, sublimá-la com discursos piedosos ou bem elaborados é atestar quão incômoda é essa cruz implantada no chão deste mundo e no coração da fé da igreja. Este livro apresenta dois enfoques principais. O primeiro é histórico e engloba os quatro primeiros capítulos. Nesses são apresentadas as diferentes teorias sobre a cruz que surgiram no interior das igrejas e teologias ao longo da história do cristianismo. O segundo enfoque é temático e aborda os diferentes problemas e questionamentos levantados pela cruz na teologia contemporânea. A pergunta que se procura responder é: Se Jesus não morreu por idade avançada, mas justamente no horror de uma cruz, por que isso teve que acontecer? Que razão e sentido tem esse trágico fim? Que diferença esse fez na vida de Jesus e realiza na existência de toda a humanidade. Elaborar o caminho que esse “escândalo” causou no passado e continua causando no presente é o objetivo deste livro genial, ousado e honesto.
 
Vocação para a Liberdade, editora Paulos
José Comblin
A liberdade consiste justamente nisto: diante do outro, a pessoa pára, reconhece e aceita que exista. Abre espaço, acolhe. Longe de dominar, escuta e permite que o outro fale primeiro. Assim Deus suspende o poder de Deus. 

 
Por enquanto fico com esses, a medida que o tempo passar vou indicando outros, rs.

Abraços,
Ricardo A. da Silva
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