segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Maracujá

[*Escrevi este poema enquanto tomava um sorvete de chocolate com cobertura de maracujá num sábado, noite fria e chuvosa na cidade de São Paulo.]


Mistério; essa é a melhor palavra.

O maracujá é um mistério, deve ser isso.
A cada interação com a nossa língua,
Ele é sutil e azedo.
Todavia, comemo-lo até o fim com prazer.
O maracujá é um dia frio, de chuva,
Mas consegue nos alegrar como um dia ensolarado.
Ele é como um susto: é ruim de tomar,
Mas sempre redunda em multidão de risos.
O maracujá é um arrepio de azedume,
Que por ser azedo é mais provocante e maravilhoso.
O maracujá deixa nossa garganta ácida,
Contudo perfuma o nosso hálito de um jeito inigualável.

Como os momentos ásperos da vida:
Uma azeda briga que enriquece nossa amizade;
Um choro amargo que acaba em abraço;
Uma ruim primeira impressão de alguém
Que virou a melhor das amizades.
Aquela distância cruel e cítrica
Que multiplicou nossas paixões.
Um sonho inatingível e amargoso
O qual rendeu-se em realidade.
Um agro destino certo
Que foi revertido pela esperança trazida do Céu.

Isso me remete a algo mais extraordinário:
A sabedoria dAquele que arquitetou o mistério do Maracujazeiro.


Jean Francesco

Um comentário:

  1. A Paz!
    Belo poema... Aleluia!
    Escrevi no Espiritualidade e Missão faz um tempinho e vim conferir as novidades.
    Fiquem com Deus e com o Senhor Jesus e tenham uma semana abençoada!
    Abraço fraternal.

    http://andarilhadaluz.blogspot.com

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